Se tudo nessa vida pode ser tratado como uma questão de ponto de vista, acredito que ando invertendo alguns pontos em minha vida cristã. Uma tendência perigosa tem me acomodado nas locações da igreja e me afastado do mundo perdido sem Deus: A minha própria zona de conforto.
A palavra de Deus manda a gente não amar o mundo e tudo o que nele há, se pudésse ajustar esse mandamento pelo menos para mim, seria: Não ame a igreja e tudo o que nela há; faça melhor: Ame as pessoas que estão fora da igreja.
Da mesma forma que você ama as que estão dentro, a igreja oferece um excelente ambiente para que o cristão possa se reabastecer, se fortalecer, ser confortado e cuidado. Mas o evangelho nos manda olhar para fora e colocar o coração onde Jesus colocou o seu: "Pois o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido." (Lucas 19-10). Não estou dizendo que a igreja deve ser tomada como menos, quero dizer que a gente erra o alvo feio quando coloca a igreja no lugar daquele que se perdeu, pois cristianismo não são reuniões; cristianismo é o serviço ao próximo voltado as suas necessidades. A igreja é o posto avançado do Reino de Deus na terra; que reabilita o combatente e o envia de volta; não é seu descanso final.
Por esse ponto, estou me convencendo cada vez mais que o lugar do cristão não é na igreja, é no mundo. O lugar do não cristão não é no mundo, é na igreja.
Flavio Oliveira.

Excelente reflexão manos!
ResponderExcluirTomemos cuidado apenas com os extremos: em Atos, a Igreja era um ambiente tão cheio de amor e comunhão, que os não-cristãos eram atraídos até ela, e o próprio Deus acrescentava a ela os que iam sendo salvos.
Isso não significa que a gente deva se acomodar dentro dela, mas sim, que coesos dentro dela, em amor, unidos (e isso necessariamente quer dizer que a gente gasta tempo juntos entre nós), a gente sai das 4 paredes e alcança quem está fora, seja pelo exemplo, seja pelas palavras. Mas sempre em amor, entre nós e para fora de nós.