Como é que era pra ser mesmo?


Não existe instituição humana com maior distanciamento dos seus valores originais do que a igreja cristã.

Por isso, cabe a cada cristão buscar, assimilar e viver as bases mais puras e fiéis ao primeiro modelo, sabendo que a expressão divina para sua individualidade só acontecerá se ela se voltar para a coletividade.

Isso porque igreja, originalmente, não é um lugar para se assistir uma boa palestra que satisfaça nossas expectativas pessoais, mas sim, um encontro de pessoas que não vivem mais para seus próprios objetivos e necessidades, mas vivem em prol do outro. Pensam em prol do outro, dedicam seu tempo, seus talentos, suas qualidades e seus recursos ao benefício e necessidade alheios.

É aí que a cruz deixa de ser simbólica. Não é mais um pingente, uma tatoo ou um amuleto. A cruz passa a ter significado individual, pois só posso pensar no próximo antes de pensar em mim mesmo se meu ego e meu egoísmo morrerem.

E é por isso que se diz que esse estilo de vida é graça. Não há nada que eu possa fazer para atingir isso, mas apenas acreditar e aceitar. Regras, proibições, comportamento condicionado, impulsos reprimidos - nada disso nos leva até Deus, e nem faz de nós igreja.

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