Morrer na praia.


Numa viagem à Pernambuco, visitei uma praia que é protegida por ser local de desova de tartarugas marinhas. Fiquei entusiasmada com a possibilidade de ver tartaruguinhas saindo da areia e andando em direção ao mar, mas infelizmente não foi o que eu vi. Havia uma única tartaruguinha na areia, morta. Pensei na breve vida da tartaruguinha: enterrada junto com outros muitos ovinhos, lutou para sair do seu próprio ovinho, se esforçou para se desenterrar e chegar na praia. Provavelmente estava com outras irmãzinhas. Com o barulho do mar convidativo, o último esforço seria chega até a água. Tão perto e tão longe. Ela não conseguiu. Estaria doentinha, estaria desidratada por causa do sol? O que aconteceu? Estava tão perto.
Essa visão me entristeceu, mas me levou a seguinte reflexão: nós somos jovens com sonhos e metas, com perspectivas de um futuro bom, tanto aqui na terra quanto na eternidade. Mas o que estamos fazendo pra atingir o nosso objetivo?
A alusão direta que eu fiz foi em relação à vida cristã, mas essa linha de pensamento pode ser encarada em qualquer área de nossas vidas. Como cristã, será que estou fazendo tudo o que é possível, será que estou dando o máximo de mim pra viver uma vida que agrada a Deus? Ou será que estou vivendo de aparências, enganando os outros e enganando a mim mesma? Será que o meu caminhar diário me levará aos braços do Pai na eternidade ou será que eu morrerei na praia? Será que eu viverei com Deus para todo o sempre ou ficarei no quase? Eu quase consegui, eu quase alcancei, eu quase fiz, eu quase aconteci. Foi por pouco, faltou pouco, tão pouco.
Como estamos vivendo? Como estamos administrando o nosso tempo, a nossa vida, os nossos sonhos, as nossas tarefas? Será que estamos nos esforçando, será que estamos querendo fazer a diferença, será que estamos marcando a nossa geração?

Mateus 5:16 – Assim, brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que estás nos céus.

Vamos brilhar gente. É hora de morfar brilhar.

Ximene Magalhães

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